Aula 1 - Oficina de Textos
- Fernanda Araujo
- 15 de ago. de 2018
- 5 min de leitura
Atualizado: 19 de set. de 2018

Objetivos Gerais da Disciplina
Ampliar o universo linguístico e cultural do aluno.
Motivar a leitura e produção de textos.
Propiciar a compreensão e valorização das linguagens utilizadas nas sociedades atuais e seu papel na produção de conhecimento.
Desenvolver a capacidade de leitura e redação, a partir da análise e criação de textos incentivando o pensamento analítico e crítico.
Melhorar o processo de argumentação (Retórica).
Conhecer as diversas linguagens utilizadas nos meios de comunicação e as mudanças ocorridas pela evolução da tecnologia (Mídia impressa a Internet).
Expressar-se com coerência, concisão e clareza visando a eficácia da comunicação.
Despertar o gosto e respeito pela leitura e escrita valorizando a linguagem como meio para construir a expressão, os valores e a identidade humana.
Conteúdo Programático
Língua e linguagem
Estilos e gêneros discursivos: biografia, notícia
Figuras de linguagem
Tipos textuais: Narração, Argumentação, Descrição, Exposição, Injunção
Construção textual
As condições de produção do texto
O artigo de opinião e o texto crítico (resenha)
As informações implícitas e os pressupostos
A intertextualidade
A linguagem jornalista e publicitária
A linguagem dos novos meios de comunicação
Leitura, análise e interpretação sobre temas da atualidade
As concepções de leitura
Roteiro das Aulas
Oficinas de leitura de textos
Oficinas de produção de textos
Exercícios extra-classe
Sistemática de Avaliação
A avaliação será realizada de forma permanente, seja em trabalhos, seminários,
provas e participação em aula.
Bibliografia Básica
ABREU, S. Antonio. Curso de Redação. São Paulo: Editora Ática, 2006.
FIORIN, José Luiz e PLATÃO, Francisco. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2004.
Bibliografia Complementar
EMEDIATO, Wander. A fórmula do texto: redação, argumentação e leitura. São Paulo:
Geração Editorial, 2004.
FIORIN, José Luiz e PLATÃO, Francisco. 16ª ed.
Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2003.
FÁVERO, Leonor. 9ª ed. Coesão e coerência textuais. São Paulo: Ática, 2003.
PERISSÉ, Gabriel. Ler, pensar e escrever. São Paulo: Arte e Ciência, 2004.
Comunicação
Para que serve a comunicação?

Informar, explicar, ensinar, vender, convencer, ....
A comunicação pode ser definida, em linhas gerais, como um processo pelo qual a informação é trocada e entendida por duas ou mais pessoas.
Boa comunicação reflete boas relações interpessoais.
Dessa forma, desenvolver habilidades de comunicação significa tornar as relações mais saudáveis.
Logo, uma comunicação deficiente é a fonte de diversos problemas pessoais e organizacionais.
A maior parte do tempo de nossas vidas é dedicado à comunicação.
Na teoria matemática da comunicação os termos informação e mensagem são tratados como sinônimos. A informação depende de um emissor e de um receptor, e está sujeita a interferências por ruídos e redundâncias.
Sistema Geral da Comunicação:

A primeira crítica que se faz à teoria matemática refere-se ao fato de que informação e mensagem devem ser tratadas de forma distinta. Enquanto a mensagem é aquilo que trafega entre o emissor e o receptor, a informação é o processo de dar forma (atribuir sentido) à mensagem.

O computador (e também a Internet) é apenas o meio ou canal de transferência de documentos que, por sua vez, contêm mensagens que podem ou não produzir informação, dependendo do estado de conhecimento prévio do receptor humano, ou seja, de sua capacidade de atribuir sentido à mensagem recebida.

Outra crítica feita à teoria matemática da comunicação reside no fato de que os teóricos matemáticos não consideravam em seus estudos a influência do meio social no processo
de comunicação. Considerando que informação é um processo realizado pelo ser humano, cabe lembrar que o homem não é ser puramente biológico nem puramente racional, mas é também psicossocial, reunindo ao mesmo tempo uma natureza social e todos os componentes de sua psicologia.
Em um processo de comunicação, o indivíduo-emissor codifica seu próprio conhecimento em uma mensagem ou mensagens para transferi-la(s) a um indivíduo-receptor; tal mensagem ou tais mensagens poderão ou não se transformar em informação, dependendo do fato de alterarem ou não a estrutura mental do indivíduo receptor.

Assim, no processo de comunicação, o chamado sujeito comunicante, imerso numa realidade social particular, ao elaborar uma mensagem (conjunto de dados, quer seja manuscritos, quer através de imagens, ícones, sons, gestos, etc.) tem como ponto de partida seu próprio contexto social, sua gama de conhecimentos individuais e coletivos. Não é apenas a partir desta vivência que ele elabora seu discurso portador de sua mensagem. Leva em consideração, ainda, o receptor (sujeito interpretante) que deseja atingir: qual é a sua realidade psico-sociocultural, quais são os seus conhecimentos prévios, de que modo ele provavelmente irá re-figurar a mensagem recebida. O objetivo do sujeito comunicante é que a mensagem produza a informação desejada no sujeito interpretante a quem ela se destina. Portanto, a mensagem deve gerar um processo de informação capaz de alterar o estado de
conhecimento do receptor.
Concepções de Língua e Linguagem
A linguagem é a capacidade natural que o ser humano tem de se comunicar, seja por meio de palavras, gestos, imagens, sons , cores, expressões, etc.
Já a língua é um conjunto organizado de elementos (sons e gestos) que possibilitam a comunicação.

A língua portuguesa, também designada português, é uma língua românica ocidental originada no galego-português falado no Reino da Galiza e no norte de Portugal. Com a criação do Reino de Portugal em 1139 e a expansão para o sul como parte da Reconquista deu-se a difusão da língua pelas terras conquistadas e mais tarde, com as descobertas portuguesas, para o Brasil, África e outras partes do mundo.
A linguagem pode ser:
Verbal e Não-Verbal
Verbal: Aquela cujos sinais são as palavras. Linguagem escrita, Linguagem falada

Não-Verbal: Aquela que utiliza outros sinais que não as palavras.

As concepções de linguagem:
A linguagem como expressão do pensamento
A linguagem como instrumento de comunicação
A linguagem como forme ou meio de interação social
Entre as principais concepções da linguagem humana definidas, a primeira e mais antiga delas, embora ainda encontre defensores, interpreta a linguagem como expressão ou representação (“espelho”) do mundo e do pensamento.
O ser humano, para essa concepção, representa para si o mundo por meio da linguagem, cuja função seria, pois, a de representar (“refletir”) seu pensamento, seu conhecimento de mundo.
Um indivíduo que não pensasse, deixaria de se expressar bem, porquanto a expressão construir-se-ia no interior da mente, a instância de produção, secundarizando-se a língua, útil apenas por exteriorizar, traduzir o pensamento.
A eficiência comunicativa dependeria da capacidade de o indivíduo organizar de maneira lógica seu pensamento; para tal organização, haveria regras disciplinando-o e, como consequência, a própria linguagem.
Daí, a valorização das normas gramaticais do falar e do escrever “bem”. Diante de tal perspectiva, a enunciação (a ação de enunciar) põe-se como ato monológico, individual, prescindindo-se do outro e das circunstâncias, da situação social em que a enunciação ocorre. Os estudos linguísticos aí desenvolvidos encontram-se sob a denominação de gramática tradicional ou normativa.
A segunda concepção entende a linguagem como instrumento de comunicação. A língua é vista como um código (conjunto de signos que se combinam segundo regras), por meio do qual um emissor comunica determinada mensagem a um receptor.
Salienta-se a função da linguagem como a de transmissão de informações.
O código deve ser de domínio dos falantes, usado de modo semelhante, convencionado, preestabelecido, para garantir a eficácia daquela transmissão. O sistema linguístico, neste caso, sustenta-se como um dado externo à consciência do indivíduo.
Finalmente, uma terceira concepção vai admitir a linguagem como forma ou processo de “inter-ação”.
O indivíduo, ao fazer uso da língua, não exterioriza apenas o seu pensamento, nem transmite somente informações; mais do que isso, realiza ações, age, atua, orientado por determinada finalidade, sobre o outro.
A linguagem passa a ser vista como lugar de interação, inclusive comunicativa, a partir da produção, construção de efeitos de sentido entre os falantes, em certa situação de comunicação e em um contexto específico.
O diálogo (na medida da interação, da relevância do outro, do ouvinte/leitor) compõe-se como característica decisiva da linguagem. Tem-se uma perspectiva sedimentando o que se costuma chamar de gramática internalizada, conjunto de regras aprendido e usado na interação comunicativa, desenvolvendo a “competência textual/discursiva”, isto é, a capacidade de produzir e interpretar textos.
Trecho do texto Linguagem e Dialogismo
de Odilon Helou Fleury Curado da Faculdade de Ciências e Letras - Assis - Unesp
Disponível em: https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/40353/4/01d17t02.pdf
(último acesso em 13/08/2018)
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