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Aula 6 - Casa das Rosas

  • Foto do escritor: Fernanda Araujo
    Fernanda Araujo
  • 10 de set. de 2018
  • 3 min de leitura

Atualizado: 17 de set. de 2018


Casa das Rosas, um espaço de poesia e literatura

“Promover o conhecimento, a difusão e a democratização da poesia e da literatura, incentivando a leitura e a criação artística, preservando e problematizando o patrimônio histórico-cultural que abriga, tanto o arquitetônico quanto o acervo Haroldo de Campos”.




Em 1928 o escritório do arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo já era tido como o mais famoso e reputado da área na América Latina. Projetou e executou a construção de diversos prédios de importância histórica hoje, tais como a Pinacoteca do Estado, o Teatro Municipal, o Prédio da Light e o Mercado Público de São Paulo. Projetou também a Casa das Rosas, uma mansão em estilo clássico francês com trinta cômodos, edícula, jardins, quadras e pomar na Avenida Paulista, local que reunia a maioria dos milionários barões do café. A mansão foi concluída em 1935. Lá, os herdeiros de Ramos de Azevedo viveram até meados dos anos 1980. Por essa época, a Avenida Paulista já não era mais a mesma. A Casa das Rosas já dividia espaço com prédios comerciais, bancos, edifícios modernos e o característico trânsito de pessoas e veículos. Ameaçado de demolição, o casarão foi preservado em ação inédita no Brasil. Na parte do terreno que dá para a Alameda Santos, foi liberada a construção de um moderno edifício comercial enquanto a casa foi restaurada e transformada pelo Estado de São Paulo em espaço cultural, inaugurado no ano do centenário da Avenida Paulista, 1991. A avenida que fora aberta pela riqueza agrária havia se transformado na via dos casarões dos industriais e logo em seguida na avenida do mundo das finanças, dos prédios modernos e de bancos suntuosos. Eleita pela população da cidade como símbolo de São Paulo, certamente a Paulista é a “perfeita tradução” da história econômica da cidade e do país. Da agricultura à indústria, e dessa ao mercado financeiro, em menos de um século. Em 1991 a Paulista já estava claramente se convertendo na avenida da cultura, transformação que as últimas décadas testemunharam. Museus, livrarias, salas de cinema e de teatro, parques e jardins, rosas, flores e estátuas foram se multiplicando para tornar a Avenida Paulista uma atração cultural ímpar na cidade.



Haroldo Eurico Browne de Campos nasceu em São Paulo, em 19 de agosto de 1929. Formou-se em Direito pela Universidade de São Paulo. Após ter publicado poemas e traduções na imprensa paulistana durante a década de 1940, lançou seu primeiro livro – O auto do possesso – pelo Clube de Poesia de São Paulo, em 1950. O Acervo Haroldo de Campos – abrigado na Casa das Rosas desde a sua doação ao estado de São Paulo, em 2004 – é composto por livros que faziam parte da biblioteca do poeta e por objetos e obras de arte de sua coleção pessoal. Com base nesse conjunto inicial, o acervo vem se ampliando por meio de doações e aquisições. Integrada por aproximadamente 20 mil volumes, entre livros e periódicos, a Coleção Haroldo de Campos representa um espaço singular de pesquisa. A amplitude de interesse do poeta se espelha na diversidade do conjunto, onde estão representadas 34 línguas e inúmeras literaturas estrangeiras. Os apontamentos de leitura de Haroldo, na forma de grifos, notas marginais e índices remissivos, representam uma valiosa fonte de investigação do processo de leitura e reflexão do poeta. O Acervo Haroldo de Campos também inclui a Coleção L. C. Vinholes, formada por um significativo conjunto de obras de Poesia Concreta brasileira e de poesia japonesa.




 

19/09/2018, das 18:00 às 21:00

LANÇAMENTO DE LIVRO: UM CORPO NEGRO

Livro contemplado com o PROAC de criação e publicação de poesia, 2017, da Secretaria de Cultura do Governo de São Paulo, um corpo negro conta, poeticamente, o processo do meu reconhecimento como negra, a partir do que se manifesta fisicamente no meu corpo: pele, cabelo, boca e nariz, até as estórias que ouço sobre meus ancestrais e as minhas experiências desta identidade, desconstruindo a representação do negro, ainda atual, como alguém inferior. a minha história é a história de muitos.

19h – 19h50: Debate – A poesia produzida por negras hoje

Mediação: Cátia Luciana

Com Daisy Serena, Jarid Arraes, Natasha Félix e Lubiana Prates

19h50: Apresentação de dança afro

Com Beatriz Cristina

20h – 20h20: Leituras dos poemas que integram o livro




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